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Notícias - Gerenciamento de Projetos e Obras

Retomada do crescimento na engenharia e a importância do gerenciamento de obras

23/05/2018

De todos os setores impactados pela crise que assolou o Brasil nos últimos anos, certamente o da Construção Civil foi o mais afetado. E para analisar e discutir o atual momento do mercado, as relações entre contratantes e contratados e a competição por um lugar de destaque no setor, a Planservice Engenheiros Associados, realizou em sua sede, em São Paulo, no dia 22 de março, um debate com a participação de especialistas do setor. Estiveram presentes o Engº. Fernando Fahham, Sócio-Diretor da PLANSERVICE; Engº. Carlos Miller, Sócio-Diretor da PLANSERVICE; Ênio Padilha, Consultor de Marketing para Engenharia; Maurício Iazzetta, Gerente Sênior de Projetos e associado responsável pela área de Novos Negócios; e Adriana Souza, Gerente Sênior de Projetos e associada responsável pela área de Coordenação de projetos. Como resultado, o debate gerou um material de altíssima qualidade, no qual foram usados recursos de gravação audiovisual. O vídeo editado, que compila as partes de maior destaque do debate pode ser visualizado no canal da PLANSERVICE no Youtube: clicando aqui.

Na edição passada, destacamos o cenário da prestação de serviços no Brasil, refletimos sobre como a tecnologia pode acrescentar valor às atividades de gerenciamento de obras e argumentamos sobre o papel da comunicação no gerenciamento. Agora o debate continua, com algumas propostas de soluções para as questões levantadas anteriormente e nossa visão sobre o futuro do gerenciamento de obras. Confira!

Qual o papel do Gerenciamento de Obras em um projeto?

 

Apesar de amplamente difundido, alguns clientes ainda acreditam que o papel da gerenciadora de obras é como se fosse apenas uma mera auditoria, que aponta se um prazo está adiantado ou atrasado, se o custo está dentro do esperado ou se o projeto especificado está sendo cumprido. O gerenciamento de obras, no entanto, é muito mais que isso. O objetivo do cliente final é que o problema não aconteça. Dessa forma, é fundamental no trabalho de Gerenciamento que se invista tempo na análise de riscos, que deve ser feita desde o desenvolvimento do projeto, durante o período de contratações e ao longo do ciclo de vida da obra. Essa análise de risco envolve, inclusive, a mensuração do valor financeiro de um risco, qual seria o impacto de tais cenários e quanto deve ser investido para minimizar estes riscos", explica o Engº. Fernando Fahham, Sócio-Diretor da PLANSERVICE.

É por isso que a PLANSERVICE se dedica muito não apenas ao planejamento, que é seu DNA, mas à gestão de risco. Assim é possível avaliar os cenários com maior precisão e propor soluções viáveis para o cliente o que, em um momento pós-crise, vale ouro. E para que o trabalho seja eficiente, a experiência e o conhecimento técnico são fundamentais para analisar os cenários, prever possíveis riscos e evitar os problemas que possam vir a ocorrer. "Um gerenciamento que não se paga, por poupar o cliente destes problemas e de custos adicionais, não é um bom gerenciamento", alerta Fahham.

"Para ter resultados, não adianta só cumprir procedimentos. É preciso adequá-los para que sejam realmente eficazes! E é aí que entra a experiência. Quem faz só os procedimentos, cumpre tabela. Mas a tomada de decisões depende da qualificação do pessoal", complementa o Engº. Carlos Miller, Sócio-Diretor da PLANSERVICE.

 

Gerenciamento de Obras tem valor

 

Por conta da crise que reduziu a quantidade de investimentos no setor e consequentemente, as demissões em massa ocasionadas por ela, novos players buscaram se posicionar no mercado como gerenciadores de obras, mas sem o know-how e a experiência para exercerem esta atividade com a profundidade e eficácia necessárias. O resultado foi o aumento da desconfiança de alguns clientes em relação à atividade. A contratação de equipes sem a correta qualificação, não raro apenas com base em preços por vezes muito aquém do que seria o correto, leva o cliente à sensação de que fez um desembolso sem a contrapartida esperada.

 "O gerenciamento de obras enquanto produto precisa ter valor para o cliente. Nem sempre, isso é da natureza da prestação de serviços da engenharia, o cliente não tem noção do valor do serviço que está sendo prestado. E é por isso que nós temos que fazer com que o cliente perceba o valor que está sendo entregue a ele", ressalta Ênio Padilha, Consultor de Marketing para Engenharia.

"E o valor que o cliente deve enxergar é: Quanto significa um atraso na obra? Quanto significa um sobrecusto? Quanto significa uma performance pior? É aí que entra a capacitação técnica que é o nosso diferencial." Afirma Carlos Miller.

Capacitação técnica e comprometimento também. E não apenas comprometimento na fala, mas preto no branco. "Se você realmente tem a capacidade para oferecer o serviço com a qualidade e o prazo estipulados, pode incluir no contrato uma cláusula de multa por dia de atraso, por exemplo. Assim mostra para o cliente que não é como a outra empresa. Chega uma hora que você precisa ter um diferencial efetivo. E diferencial competitivo é algo que você tem, seu concorrente não tem e nem consegue vir a ter no curto prazo, e o seu cliente valoriza. E o cliente industrial normalmente valoriza o cumprimento de prazo, mas você precisa colocar no papel", aconselha Padilha.

"Nem todas as cláusulas podem ser assumidas pela Gerenciadora, sendo o Gerenciamento de Obras a atividade que trabalha em processos de terceiros, o objetivo é fazer o contrato de terceiros acontecer", afirma Fahham. Nos contratos da PLANSERVICE, existe multa para negligência ou ações da gerenciadora que levem a algum tipo de prejuízo. Para que o cliente realmente tenha uma garantia efetiva, a PLANSERVICE tem seguro de responsabilidade civil profissional sobre todos os contratos.

 

Para cada cliente, uma abordagem

 

Cada cliente é um e, por mais que atuem sempre na construção civil, suas abordagens em relação aos patrimônios gerenciados são diferentes. "O cliente industrial, por exemplo, terá de esperar muito tempo para que sua indústria dê retorno. O empreendimento é dele, então, ele quer o melhor possível.", pondera Fahham.

"A cara da engenharia é o cliente industrial, é o que mais se aproxima dos engenheiros. E existe o cliente hospitalar, cujo projeto é o mais complexo que a gente pode encontrar, não apenas no que diz respeito ao desenvolvimento dos desenhos, às especificações, mas à execução. Projetos hospitalares têm muitas mudanças, são necessárias revisões ao longo do projeto", complementa Miller.

Apesar dessas diferenças em relação aos produtos oferecidos e à dinâmica de trabalho, os resultados esperados são sempre muito parecidos, qualquer que seja o cliente. "Ele quer o prazo cumprido, tem um budget que deve ser respeitado e a qualidade estabelecida por ele deve ser atendida também", complementa Fahham.

 

Quanto antes contratar a Gerenciadora de Obras melhor

 

Uma prática ainda não muito utilizada pelos contratantes é a inserção da Gerenciadora de Obras logo na primeira fase, de equacionamento e definição do projeto. Talvez pelo entendimento equivocado que alguns ainda têm do conceito de gerenciamento e pelo que muitos dos competidores oferecem, a contratação da gerenciadora ocorre, na maioria das vezes, apenas na fase de execução e somente para fiscalizar a obra. Porém, muito se teria a ganhar se os contratantes pudessem antever os benefícios de uma contratação numa etapa anterior à contratação das obras. "Nossa equipe é muito preparada. Equacionar as formas de contratação já na etapa inicial de definição do produto do cliente é excelente, porque a gente já sai com o projeto viável, aprovável, dentro do custo do cliente. A gente consegue ajudá-lo a viabilizar o investimento e não apenas mitigar riscos", afirma Adriana Souza, Gerente Sênior de Projetos e associada responsável pela área de Coordenação de projetos da PLANSERVICE. "Nós somos o olho do cliente no detalhe. Nosso papel é estar presente no dia a dia e entregar uma análise do que está ocorrendo, não apenas um dado sem interpretação mais ampla."

Para Adriana, o quanto antes a gerenciadora entrar no projeto, melhor para o cliente, que certamente irá economizar tempo, dinheiro e estresse. Este último, aliás, tem sido um componente muito presente neste período pós crise. Isso porque se instaurou um clima de pânico nos investidores por conta dos desdobramentos da Operação Lava-Jato, levando muitos a focar com mais ênfase os aspectos de compliance, deixando de também se concentrar nos aspectos técnicos, o que acaba por dificultar a conclusão das contratações.

Nesse sentido, há casos em que, visando dar um tratamento totalmente impessoal, o cliente contrata uma plataforma de concorrência, onde os interessados acessam as condições, preparam suas propostas e em determinado dia, carregam as informações e os documentos solicitados, via rede de internet. "Isso é analisado completamente em off e no final das contas você chega a um leilão reverso de negociação, vai dando lances de redução de seu preço e está feita a contratação. Nota-se o receio de colocar a engenharia do cliente frente a frente com o fornecedor", lamenta Fahham.

Para Padilha, uma forma de solucionar essa nova realidade seria solicitar que seja incluído em um dos itens da plataforma reuniões com os fornecedores, para uma conversa pessoal, em que possam ser passadas informações que não podem ser incluídas na plataforma, que acabariam por dar uma "nota" ao fornecedor. "Uma alternativa seria ter um histórico de pesquisas com os demais clientes para saber quais foram as experiências boas e ruins que eles tiveram com as empresas participantes do certame, sejam elas para qualquer atividade, inclusive gerenciadoras", aconselha.

 

Futuro do Gerenciamento de Obras

 

Segundo Padilha, não há motivo para preocupação. Passada a crise, a tendência é que as empresas de gerenciamento de obras que já estão no mercado se fortaleçam e colaborem para o reaquecimento do setor. "Quanto mais o gerenciamento de projetos se fortalecer no Brasil, mais se beneficiam as empresas já instaladas. Não há, na minha visão, nenhuma ameaça ao setor de gerenciamento de projetos. Pelo contrário, há uma tendência desse serviço se tornar cada vez mais importante", acredita.

A opinião é compartilhada por Fahham, para quem a tendência é a consolidação das gerenciadoras de obras no mercado da construção civil. "Acredito que haverá menos empresas, maiores e mais estruturadas. Isso no longo prazo. E uma tremenda especialização dos profissionais da área. Nesse contexto, temos que procurar crescer de forma sustentável, com profissionais experientes e buscando clientes qualificados também", acredita.

Para Miller, a busca por empresas qualificadas será cada vez maior. "Eu acho que há um espaço grande para a atividade de consultoria na área de gerenciamento de obras. Até porque cada vez mais, entre organizações de mercado, existirão disputas que demandam soluções rápidas e vão precisar de grupos que tenham a possibilidade e a capacidade de interpretar e dar respostas a essas disputas. O mercado de reivindicações, de claims, tem muito a ver com o mercado de gerenciamento. Porque você consegue analisar quais foram os problemas de gestão ou não ao longo da implantação, e isso pode levar a reivindicações", diz.

O otimismo também é compartilhado por Maurício Iazzeta, que aposta na capacidade de adaptação para que o gerenciamento se mantenha e cresça no novo cenário econômico. "Acredito que o gerenciamento de obras tem um futuro brilhante se ele for algo em transformação. Hoje o gerenciamento é fazer o serviço A B e C, mas amanhã pode ser que seja o X Y e Z. Então precisamos ficar completamente antenados para perceber essas modificações de marcado assim que comecem a dar sinal de vida. Só assim, poderemos captar essas demandas, transformá-las em produto e colocá-los no mercado."

Um diferencial da PLANSERVICE, ainda mais valioso neste novo cenário pós Lava-Jato, é a governança e a integridade. A empresa é conhecida no mercado por estes valores, que denotam sua idoneidade. "Isso nos tempos que estamos vivendo, aliado à nossa expertise, é imbatível. Compliance, na PLANSERVICE, já fazemos há muito tempo. A gente nunca admitiu na nossa equipe alguém que não fosse idôneo, que não trabalhasse com transparência", garante Adriana. Ela está certa de que o futuro reserva boas surpresas para a PLANSERVICE. "Nós vamos passar muito bem pela crise. É questão de mais alguns meses para as coisas voltarem a acontecer para nós como antes. Por mais absurdo que pareça, ser uma empresa idônea, nos dias de hoje, é um grande diferencial. E nós temos isso."


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