A partir desta edição, o Jornal Entre Obras trará uma série de 3 capítulos sobre Engenharia de Custo. E, na estreia, vamos falar sobre suas aplicações e os grupos de processos. Mas, antes, é importante entendermos do que se trata exatamente a Engenharia de Custo, que utiliza princípios, normas, critérios e experiência na resolução de problemas de estimativa de custos, avaliação econômica, de planejamento, de gerência e controle de empreendimentos. "A engenharia de custo não termina com a previsão de custos de investimentos, prossegue, necessariamente, na fase de construção, com o mesmo rigor, por meio do planejamento, controle, acompanhamento de custos e definição dos custos de manutenção das mesmas", afirma a engenheira civil Kátia Shimizo, citando um trecho do livro Engenharia de Custos - Uma Metodologia e Orçamentação para Obras, de Paulo Roberto Vilela Dias.
De acordo com ela, a Engenharia de Custo tem por objetivo garantir a saúde financeira do empreendimento. "Ela fornece informações em tempo hábil para a tomada de decisão, aumentando as chances de que os empreendimentos alcancem as metas de custos", complementa a engenheira civil Edna Medeiros.
Na prática, são 7 as aplicações da Engenharia de Custo: Estimativas de Custos; Contratação; Controle de Custos; Planejamento; Redução dos custos do contrato; Avaliação de Riscos; Engenharia de Valor.
E, para atingir os resultados esperados, existem grupos de processos que ajudam a organizar e tornar mais efetiva a execução da obra dentro das metas pré-estabelecidas, sem custos extras:
Planejamento Inicial: é o grupo de processos da coleta das informações iniciais, sejam necessidades do cliente, do negócio ou validações dos processos e documentos. "É de suma importância o entendimento das necessidades do cliente, bem como conhecimento de todo o projeto e suas particularidades, para que a equipe envolvida consiga aplicar as ferramentas de forma eficiente", explica Kátia. Ela ressalta a importância da definição da Estrutura Analítica de Projetos (EAP) e do plano de contas correlato, que irão ser usados durante todo o processo.
Contratação: trata-se do grupo de processos no qual é realizada a tomada de preços, equalização das propostas das empresas fornecedoras, a consolidação do orçamento do empreendimento (linha de base inicial) e oficialização do contrato;
Planejamento Físico-financeiro: neste grupo de processos, o orçamento consolidado e aprovado é conciliado com o cronograma físico, gerando o fluxo de desembolso previsto do empreendimento;
Execução e Controle: é o grupo de processos onde ocorrem as medições e o recebimento dos documentos fiscais, sendo necessários todos os relatórios de controle de custos, financeiro e dos contratos do empreendimento. "Ressalto aqui a importância da alimentação correta dos documentos, a fim de garantir a acurácia das informações e eficácia das interpretações. A comunicação entre todos os envolvidos também é de suma importância na obtenção de dados consistentes em tempo hábil", afirma Edna, que destaca, ainda, que as ações corretivas devem ser implementadas tão logo os desvios forem detectados.
Encerramento: é o grupo de processos final, no qual são realizados os fechamentos de custos, financeiros e dos contratos no empreendimento.
A PLANSERVICE oferece um controle paralelo diferenciado, que não se fia apenas nos sistemas e controles da construtora ou do cliente, garantindo, assim a segurança de dados.
Não perca, na próxima edição, o segundo capítulo da série sobre Engenharia de Custo, onde iremos abordar a interface entre contratação, produção, planejamento e engenharia de custo; e também a importância do registro das lições aprendidas para aplicação em projetos futuros. Até lá!